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23 de março de 2016O deputado estadual Georgeo Passos, PTC, usou o grande expediente da sessão plenária desta segunda-feira, 21, para falar dos aprovados nos últimos concursos do Poder Judiciário e do Ministério Público de Sergipe. O parlamentar criticou a morosidade desses órgãos para realizar a convocação.
“No quadro do MP existem 59 vagas de analistas e 50 de técnicos. Enquanto isso, há mais de um ano que não se convoca ninguém do último concurso. O que justifica isso?”, questionou. Segundo Georgeo, a situação no Judiciário não é diferente. “Do último concurso, pouco mais de 100 pessoas foram convocadas até o momento. E sabemos que tem vaga”, assegurou.
Na manhã desta segunda, os aprovados fizeram manifestação na porta do MP cobrando a convocação. À tarde, Georgeo Passos os recebeu em seu gabinete, onde ouviu as reivindicações. Para o parlamentar, a Casa precisa se sensibilizar para essa questão.
“A luta desses jovens é justa. Eles foram aprovados, mas até hoje esperam uma convocação. Precisamos pautar essa matéria nesta Casa. Esses jovens precisam da voz do Parlamento. Por que não formamos uma comissão de deputados para que o Procurador Geral de Justiça pelo menos receba esses concursados e diga quando é que eles poderão ser convocados?”, sugeriu.
Georgeo lembrou ainda que tanto o MP quanto o Judiciário tem cobrado de várias prefeituras sergipanas que se demitam aqueles que ocupam cargos comissionados na administração para que se dê lugar aos concursados. Contudo, MP e TJ precisam cumprir a mesma lógica, numa espécie de “casa de ferreiro, espeto de pau. Que seja seguido o exemplo do TCE SE, exonerou concursados e nomeados os aprovados em concurso público”, frisou.
“Existem no MP as pessoas que são requisitadas de outros órgãos do Estado, cargo de comissão e servidores cedidos de prefeituras do interior. Todos eles poderiam dar lugar a esses aprovados que tanto se esforçaram para passar no concurso. O que eles querem, apenas, é entrar pela porta da frente, pelos méritos próprios”, defendeu o deputado.
“Ainda se utilizam do argumento da crise, mas não a vemos para os membros do Judiciário e do MP, que recebem um auxílio moradia de mais de R$ 4 mil e que consome mais de R$ 10 milhões anuais do orçamento. No MP, houve auxílio alimentação retroativo. Percebemos então que a crise depende do ângulo que se vê: se for para convocar os concursados, ela existe; quando é para um benefício para os membros, a crise não é tão presente”, completou.