Em pronunciamento na sessão desta terça-feira, 09, o deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania) falou sobre nova contratação feita pelo Governo do Estado através Processo Seletivo Simplificado – PSS, anunciada hoje. O parlamentar defende a realização de concurso público para o sistema prisional do estado e denunciou a mudança na modalidade de licitação para contratação de empresa que irá administrar os presídios de Sergipe nos próximos anos.

“Não é uma necessidade temporária. Vai precisar dos profissionais por muito tempo. E mais uma vez o governador está burlando a regra do concurso público, tendo em vista que sempre será necessário no sistema prisional o serviço desse profissional para atender as pessoas que estão cumprindo suas penas”, ponderou Georgeo, citando os cargos que serão preenchidos por profissionais da área da saúde (nível médio e superior) nas 54 vagas ofertadas.

O deputado afirmou que Belivaldo Chagas foi o governador que fez mais contratação temporária em Sergipe. “O governador prestigiou muito pouco o concurso público, que é a regra que está na nossa Constituição Federal, mas infelizmente, mais uma vez, na minha avaliação está sendo contrariada para fazer o PSS”, lamenta Passos.

Reviver

“A empresa Reviver que administra as cadeias públicas de Areia Branca, Estância e o Compajaf, presta serviço terceirizado ao Governo do Estado em um contrato milionário, com valor superior a R$ 70 milhões em 2021. E já tem mais de cinco anos que a empresa está atuando nos presídios sergipanos”, disse Georgeo ao lembrar o concurso público para os policiais penais.

Georgeo disse que a Reviver tem grande entrosamento com alguns setores da política sergipana. “Várias contratações são feitas por indicação, para pessoas trabalharem nos presídios através da Reviver. E no momento que nos aproximamos de uma eleição, muda-se a modalidade de uma licitação, chamando atenção do Procurador de Estado que está analisando a inversão de pregão para a modalidade concorrência (técnica e preço)”, denuncia o deputado ao alertar o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe e o Ministério Público.