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Endometriose é discutida em audiência pública de Georgeo Passos

A endometriose é um problema que atinge e afeta milhares de brasileiras. A doença ocorre quando as células do endométrio (camada que reveste o útero) crescem em seu exterior. Isso causa cólica e menstruação irregular – o que pode durar anos. O diagnóstico é feito por meio de exames e o tratamento necessita de auxílio médico. No entanto, muitas mulheres sofrem sem saber que possuem essa condição.

Uma audiência pública realizada na Escola do Legislativo na manhã desta sexta-feira, 29, discutiu esse assunto como programação da Semana da Prevenção a Endometriose e a Infertilidade. Entre palestras e relatos de mulheres que possuem o problema ficou claro o quanto que a falta de informação é prejudicial para o diagnóstico e, consequentemente, ao tratamento adequado. O que pode resultar até mesmo em infertilidade.

E não são poucas as atingidas. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 7 milhões de mulheres em idade fértil sofrem com esse mal em nosso País, o que o torna uma questão de saúde pública. Com fortes dores abdominais, muitas acabam prejudicando estudos, trabalho e toda uma condição para uma vida mais saudável. Isso enfrentando um vilão que, apesar de incômodo, é bem silencioso.

“Por ser uma doença oculta e de difícil diagnóstico, muitas mulheres não sabem que são portadoras. Isso é bastante delicado pois a melhor forma de prevenção é o tratamento precoce”. Quem afirma é a Scheila Caldas Amado, médica ginecologista e especialista em colposcopia e sexologia clínica, que foi uma das palestrantes da audiência pública desta sexta.

Schelia enxerga a atitude do profissional como relevante no trato inicial com as mulheres atingidas pela endometriose. “É preciso saber ouvir para identificar os sintomas. Tem que parar de enxergar como uma doença de mulher adulta e trabalhar junto às adolescentes para que elas procurem ajuda quando tiver uma cólica menstrual muito intensa. Nem toda cólica será endometriose, mas é um indício. Uma maneira de chamar a atenção para o diagnóstico”, explica a médica.

Simone Maria Leite Batista, enfermeira sanitarista, coordenadora do Movimento Popular da Saúde em Sergipe, conselheira nacional de saúde e representante da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (ANEPS), também confirma a tese de que a falta de informação traz bastantes problemas. E ela destaca que a situação é ainda pior quando se observa o cenário no interior.

“Se na capital percebemos a falta de conhecimento, no campo é ainda mais grave”, analisa. Simone diz que a única forma de reverter esse quadro é chamando todos para a construção de políticas que possibilitem a disseminação das informações necessárias sobre a doença, suas causas e o tratamento.

“A mulher do campo ainda não tem acesso a informação sobre o seu corpo e as doenças. Isso ainda não chega. Eu acho que é necessário levar atividades para outras regiões, buscando os melhores meios para distribuir esse conhecimento. É necessário incluir secretários de saúde, vereadores e, é claro, as mulheres para se desencadear os processos necessários”, pondera.

Diante desta necessidade, a audiência desta sexta-feira pode ser considerada um primeiro passo importante. Já há um movimento para que a Endometriose seja discutida – inclusive, o mês de março é dedicado à conscientização em todo o mundo, através da campanha “Março Amarelo”. Em Sergipe, existe a Lei nº 8.438/2018 que instituiu a Semana de Prevenção a Endometriose e Infertilidade no calendário oficial de Sergipe.

Autor da Lei e do requerimento que possibilitou a realização da audiência, o deputado estadual Georgeo Passos, Cidadania, demonstra que está fazendo o seu papel. Agora, ele joga a bola agora para os demais entes do Poder Público. “Cabem a todos trabalhar buscando soluções na saúde pública para que essas mulheres tenham um atendimento digno e um diagnóstico precoce. É uma forma de ajudar a lidar com tanta dor e tanto sofrimento”, garante.

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