Georgeo pede atenção para os matadouros do Estado
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11 de agosto de 2017Na manhã desta quarta-feira, 9, vários sindicatos que representam os servidores públicos estaduais foram até a Assembleia Legislativa para pedir apoio dos deputados na luta pelo pagamento em dias de seus respectivos salários. Eles cobram também do Governo a recomposição salarial – algo que não acontece a quase 5 anos.
O deputado estadual Georgeo Passos (PTC), líder da oposição na Alese, se mostrou sensível a questão. Ele usou o grande expediente para falar sobre o tema e cobrou uma posição do Governo. “São famílias que estão sofreando, pagando um preço muito caro pelo desgoverno que Sergipe vive atualmente”, assegurou.
“Compreendemos o porquê da insatisfação dos servidores públicos estaduais. Não deve ser fácil chegar no final do mês e não ter nem ideia de quando vai sair o salário. Não gostaríamos de estar passando por esse momento, pois não há nem previsão para o pagamento dos aposentados e pensionistas. Um momento bastante trágico para a economia do nosso Estado”, afirmou.
“Não adianta olhar o retrovisor, buscar um culpado, e não fazer nada para sair desse buraco. O Governo sequer tenta um diálogo com esses servidores que estão a 54 meses sem a recomposição da inflação. A grande maioria está passando dificuldades. E pior: não sei se nessa legislatura veremos um projeto de lei que dê uma recomposição salarial para a grande massa de servidores públicos estaduais”, completou Georgeo.
Ainda em sua fala, o líder da oposição questionou a contradição do Executivo que, apesar de alegar dificuldades pela crise financeira, gasta com cargos comissionados e contratação de empresas para prestação de serviços. “Hoje, por exemplo, foi publicado no Diário Oficial um extrato para contratação de uma empresa terceirizada para o período de 90 dias no valor de R$ 15 milhões”, revelou.
“Ou seja, para cada mês, algo em torno de R$ 5 milhões. Isso para pagar 660 pessoas contratadas sem concurso público. Se a gente pegar esse valor e dividir para cada contratado dá um valor de mais de R$ 7 mil reais. São essas distorções que nos deixam sem entender. O Estado realmente passa por dificuldades ou não?”, questionou o deputado.
Georgeo lembrou também que as receitas do Estado cresceram no 1º semestre deste ano, segundo relatório fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda. “Está provado que o ICMS e o FPE cresceram em relação ao ano passado em números reais. A crise é sempre apontada como justificativa. Mas até quando o Governo da década perdida vai procurar desculpas para o problema dos servidores?”.
“Temos um grupo político que comanda esse Estado há pelo menos 10 anos e que poderia ter se organizado e se preparado. Mas preferem sempre colocar a culpa na crise e deixar que o funcionalismo público pague a conta. Segundo Almeida Lima, secretário de Estado da Saúde, o problema de Sergipe não é dinheiro – é gestão. Temos o diagnóstico e a solução dada. As dificuldades existirão, independente de quem ocupe a cadeira. Mas é preciso superar as dificuldades para que a sociedade melhore”, finalizou o deputado.