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14 de junho de 2016O deputado estadual Georgeo Passos, PTC, voltou a falar sobre a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos – PCCV. Durante o grande expediente da sessão plenária desta terça-feira, 14, ele novamente afirmou que a medida foi de cunho eleitoreiro e rebateu críticas feitas pelo governador Jackson Barreto, PMDB.
Em entrevista à imprensa sergipana na semana passada, o chefe do Executivo ironizou a atuação do parlamentar dizendo que “ele era novinho, mas que sua família era velhinha”, referindo-se ao fato do pai e do avô de Georgeo já terem sido deputados. “Na semana passada, quando tratamos sobre o PCCV aqui no plenário, trouxemos informações técnicas e esperávamos uma resposta técnica por parte do Governo. Mas, infelizmente, o governador prefere outros subterfúgios, ele ficou sem argumentos plausíveis para nos contestar”, lamentou.
PENDURANDO AS CHUTEIRAS
Para Georgeo, essa atitude do governador seria, tão somente, uma tentativa para desestabilizá-lo – estratégia essa utilizada também pelo líder do Governo na Assembleia, deputado Francisco Gualberto, PT. “Mas é preciso deixar claro que nenhum deles irão pautar minha atuação aqui dentro. Não devo satisfação aos citados, mas sim, aos cidadãos de Sergipe. Enquanto o governador e o líder do governo quiserem sair pela tangente, diante da falta de argumentos, vamos mostrar que o discurso que eles fazem não condiz com a realidade”, garantiu.
“Graças a Deus, somos novos e temos que aprender muito ainda, mas um fato é certo, não temos preguiça de cumprir nossa missão, que é trabalhar por Sergipe e pelo seu povo. Enquanto isso, o governador, em 2018, irá pendurar as chuteiras. Mas, até lá, que o senhor tenha interesse pela administração pública. Que, pelo menos, faça um esforço para que sua equipe trabalhe para ajudar o povo sergipano”, completou Georgeo, aludindo-se ao fato de Jackson Barreto ter anunciado sua saída da vida política ao final deste mandato.
MEDIDA ELEITOREIRA
Ainda em seu discurso, o deputado voltou a afirmar que a recente implantação do PCCV foi uma ação eleitoreira, uma vez que só foi concretizada em um período pré-eleitoral. “Fazemos questão de estudar e analisar. Em momento algum criamos números. São dados oficiais. E essas informações nos levam a crer que foi sim uma medida pensando no próximo pleito. Estamos aqui para colaborar muito e evitar que o funcionalismo seja usado como massa de manobra”, assegurou.
“O governador fez questão de fazer tantas propagandas dizendo que fez um grande feito. Mas este é um PCCV de 2014 aplicado em 2016 e sem correção. Faltou o Governo dizer que poderia ter feito isso antes, já que seguiu uma decisão do TCE de 2008. Afinal, por que esperar tanto? Mas sabemos de onde saiu essa boa vontade somente agora”, ironizou Georgeo.