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7 de junho de 2017
O deputado estadual Georgeo Passos (PTC), líder da oposição na Assembleia Legislativa, usou o pequeno expediente da sessão plenária desta terça-feira, 6, para criticar o aumento dos índices de violência no Estado de Sergipe.
Nesta semana, foi publicado o Atlas da Violência 2017, estudo realizado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública que mapeou os números da violência no País entre os anos de 2005 e 2015. O documento coloca Sergipe na vice-liderança de um triste ranking: o Estado é o segundo do País que teve maior crescimento na taxa de homicídios.
Entre 2005 e 2015, a taxa de homicídios aumentou 134,7%. Sergipe perde somente para o Rio Grande do Norte, que teve um aumento de 232%. O Estado também é vice-líder no número de homicídios. O estudo mostrou que no período, o número de mortes aumentou 167,6%, ficando atrás, mais uma vez, apenas dos potiguares, que registrou aumento de 280,5% no mesmo período.
Para o deputado Georgeo Passos, os números demonstram claramente que as políticas públicas implementadas pelo Governo de Sergipe fracassaram. “Prova de que o Governo não tem uma política estratégica para a área de segurança pública. Os dados são alarmantes e comprovam que o Governo falhou nesse segmento”, criticou.
Ainda em sua fala, o deputado assegurou que a responsabilidade por esse índice não é dos homens e mulheres que fazem a Polícia Militar e a Polícia Civil. “Eles fazem a sua parte”, comentou. Georgeo lembrou que é preciso investir em políticas públicas sérias nas áreas de educação, saúde, esporte, assistência social, bem como investir e aumentar o efetivo das nossas forças de segurança.
“Temos um concurso da PC que está em validade, mas que o Governo não faz a convocação dos aprovados. Precisamos investigar os crimes que acontecem em Sergipe e diminuir a impunidade. A PM também precisa aumentar o seu efetivo. Sem isso, não há como mudar este cenário”, alertou.
Georgeo lamentou o fato de a juventude sergipana ser a mais prejudicada por esse avanço da violência. O parlamentar destacou a necessidade de investir em um trabalho de resgate com esse segmento. “Estamos deixando essa parcela da população à margem”, analisou. O deputado finalizou sua fala repudiando os gestores públicos por esse problema.
“Fica aqui o nosso repúdio ao Governador Jackson Barreto que não encontrou formas de mudar essa realidade. É inaceitável que o menor Estado da Federação registre o segundo maior aumento na violência do País. Infelizmente, os índices pioraram muito depois que o atual grupo passou a comandar o Estado. O fenômeno da violência precisa ser enfrentado por todos, as ações devem ser articuladas em várias frentes, afinal, só a repressão policial não vai vencer esta guerra”, finalizou.
Acesse e confira o Atlas da Violência 2017:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/170602_atlas_da_violencia_2017.pdf