O deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) na sessão desta terça-feira, 10, para falar sobre a manifestação de profissionais que atuam na Fundação Hospitalar de Saúde – FHS, instituição ligada à Secretaria de Estado da Saúde (SES). O parlamentar leu o e-mail enviado aos colaboradores da fundação informando o fim dos vínculos (contratos) a partir de julho desse ano, atingindo mais de 1.000 famílias.

“Os trabalhadores estão cobrando o cumprimento do acordo feito com o Ministério Público e a Justiça Federal e que não está sendo feito, de acordo com os termos que ficaram aqui elencados”, detalhou Passos ressaltando que o concurso para preenchimento dessas vagas aconteceu no último dia 02 de junho.

Georgeo disse que chama atenção o fato de no acordo prevê a realização de concurso público e não processo seletivo. “Por isso, os trabalhadores estão aqui hoje, pedindo essa sensibilidade. Afinal, se o concurso ainda não está homologado, quem irá ficar no lugar dessas pessoas que estão trabalhando desde 2014 nas unidades de saúde em Sergipe?”, questiona.

O deputado comentou as dificuldades financeiras da fundação, que deve mais de R$ 81 milhões em precatórios e citou o risco para cumprir com os direitos dos trabalhadores desligados. “Lembrando que a Fundação Hospitalar de Saúde tem milhões em dívidas. Então, para garantir as verbas rescisórias desses trabalhadores se não tiver algo bem organizado, essas pessoas vão sair com uma mão na frente e outra atrás, sem direito a nada”, alertou.

Georgeo lembrou o trabalho desempenhado pelos trabalhadores da saúde durante a pandemia e a possível dificuldade deles para reinserção no mercado de trabalho, após essa situação. “Mais de 1.000 pais e mães de família que irão para o ‘olho da rua’”, frisou lembrando da terceirização das unidades de saúde, para serem administrados por Organizações Sociais – OS’s.

Foto: Jadilson Simões